O processo de industrialização sempre foi marcado por grandes mudanças nos métodos e equipamentos de produção. Na quarta revolução industrial não seria diferente, ou melhor, a automação alcançou o nível de combinar inteligência e agilidade em diversas tecnologias.
Já acompanhamos a substituição da mão de obra humana pelas máquinas, mas o avanço da Inteligência Artificial permitiu a realização de análises complexas, interpretação de dados e decisões por conta própria (autônomas).
E assim novas tecnologias chegaram com tudo no mercado, como realidade aumentada, big data e analytics, manufatura aditiva, Inteligência Artificial, cloud computing, robôs autônomos, simulações, integração de sistemas, IoT, cibersegurança, entre outras (vamos falar sobre elas em outro tópico), trazendo agilidade, redução de custos e automação para as empresas.
Como está o Brasil na indústria 4.0?
No Brasil, a indústria representa 21,4% do PIB, sendo um dos principais setores da economia do país, responsável por 69,2% das exportações de bens e serviços, por 69,2% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento e por 33% dos tributos federais (exceto as receitas previdenciárias).
Os investimentos em indústria 4.0 em território brasileiro ainda estão em desenvolvimento. Conforme a pesquisa da CNI, o percentual das empresas que utilizavam tecnologias passou de 63% em 2016 para 73% em 2018. 48% das 632 organizações ouvidas pretendiam investir na indústria 4.0.
Em 2019, o Brasil ocupou a 71º no ranking global de competitividade, levando em consideração 12 pilares: instituições, infraestrutura, adoção de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), estabilidade macroeconômica, saúde, habilidades, mercado de produtos, mercado de trabalho, sistema financeiro, tamanho do mercado; dinamismo empresarial e capacidade de inovação.
Por conta de ainda estar no início da implantação de novas tecnologias, o país ocupou a 62º posição entre os 131 países avaliados no ranking do índice Global de Inovação 2020.
Tabela 1 – Ranking Global de Competitividade 2019
| País | Pontuação |
| 1º Singapura | 84,8 |
| 2º Estados Unidos | 83,7 |
| 3º Hong Kong | 83,1 |
| 4º Países Baixos | 82,4 |
| 5º Suíça | 82,3 |
| 71º Brasil | 60,9 |
Fonte: Fórum Econômico Mundial (2019).
Tabela 2 – Índice Global de Inovação 2020
| País | Pontuação (0-100) |
| 1º Suíça | 66,08 |
| 2º Suécia | 62,47 |
| 3º Estados Unidos | 60,56 |
| 4º Reino Unido | 59,78 |
| 5º Holanda | 58,76 |
| 62º Brasil | 31,94 |
Fonte: Universidade Cornell, INSEAD e OMPI (2020). Índice Global de Inovação 2020.
A estimativa da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) quanto aos impactos econômicos da indústria 4.0 no Brasil é a redução dos custos de produção, manutenção e energia ao mesmo tempo em que aumentaria a eficiência.
Figura 1 – Economia de custos com a indústria 4.0
Fonte: ABDI,2017.
Conheça as principais tecnologias da Indústria 4.0
Figura 2 – Principais tecnologias da indústria 4.0
Fonte: elaboração própria (2021).
- Inteligência Artificial: usa softwares de Aprendizado na Máquina e Aprendizado Profundo para analisar e interpretar dados, fazer previsões e tomar decisões de forma autônoma.
- Realidade Aumentada (RA): é o nome da tecnologia que combina elementos/dados virtuais e físicos por meio de uma câmera, como filtros para as fotos dos stories do Instagram, QR Codes, etc.
- Big Data e Analytics: grande quantidade de dados complexos que podem ser extraídos e analisados através de dados estruturados e não estruturados, possibilitando insights riquíssimos que servem de suporte para tomada de decisões.
- Manufatura Aditiva:é a impressão 3D de peças a partir de um protótipo digital usando a sobreposição de materiais em forma de camadas.
- Cloud Computing: a computação em nuvem permite que o usuário acesse os recursos através da internet, de qualquer dispositivo, em qualquer lugar, proporcionando flexibilidade, escalabilidade e agilidade.
- Robôs Autônomos: conseguem realizar tarefas complexas, interagir com equipamentos e seres humanos sozinhos, diminuindo os custos e proporcionando mais eficiência no processo produtivo.
- Simulações (gêmeos digitais): são usadas na aplicação de testes e demonstrações que imitam os processos industriais reais na busca por resolução de problemas e aperfeiçoamentos.
- Integração de Sistemas: é a combinação de vários sistemas e aplicações de software com a finalidade de trocar dados entre eles para acelerar o processo da tomada de decisão com as informações em mãos mais rapidamente.
- IoT: A Internet das Coisas (Internet of Things) é a conexão de objetos por meio de softwares, sensores e outros dispositivos inteligentes, permitindo a coleta e transferência desses dados entre si pela internet.
- Cibersegurança: soluções, práticas e métodos que protegem software, hardware e rede das ameaças cibernéticas e prejuízos.
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- Manutenção e reparo: tecnologias que colocam os colaboradores em em contato direto com especialistas para acelerar o diagnóstico e solução de problemas nas máquinas;
- Análise de vídeo: as análises de vídeo sofisticadas entregam agilidade e precisão durante a garantia de qualidade;
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