NEGÓCIOS

Um olhar crítico para as tecnologias que mudam o mundo

Constatar o avanço da tecnologia e o quanto ela impacta e transforma o modo de viver graças a novos dispositivos, aplicativos e ferramentas é incrível. Por aqui, defendemos a ideia de que uma solução deve nos ajudar a pensar e não delegar nossas conclusões a elas. Avalio ser produtiva a ideia de contar com o eficiente atendimento de um robô, mas temo que um dia não saibamos mais distinguir a inteligência artificial da humana.

Recentemente, este assunto se intensificou diante do lançamento do ChatGPT, um programa capaz de gerar respostas aos diferentes tipos de questionamentos humanos. A ferramenta está sendo treinada tanto para oferecer uma receita de culinária, quanto para dar um conselho amoroso, sugerir resolução para um problema profissional ou redigir um trabalho escolar. Isso para citar apenas alguns dos infinitos exemplos de ações.

Quando utilizamos uma ferramenta de pesquisa como o Google, temos a oportunidade de acesso a diferentes tipos de respostas para que, então, seja construído o próprio discurso do indivíduo. Investindo um pouco mais de tempo no refinamento da busca, é possível expandir o olhar, reconsiderar um argumento, construir uma outra via de discurso, descobrir possíveis notícias falsas e checar a fonte de ideias, pensamentos e dados.

No ChatGPT, apesar da rapidez na resposta e da promessa de entendimento do funcionamento da linguagem humana, corre-se o risco de, muitas vezes sem perceber, tornar-se refém de vieses inconscientes ou de replicar dados imprecisos ou incorretos, principalmente nessa fase de lançamento da ferramenta, em que, naturalmente, as soluções necessitam de constantes reparos de falhas e vulnerabilidades até se estabelecer.

Estabelecer compromissos para que os indivíduos sejam aliados da tecnologia nas atividades mais operacionais e nos processos criativos é fundamental. Valorizar o conhecimento e os pontos de vista, investigar de que forma é possível evoluir habilidades técnicas e comportamentais para que seja possível continuar tendo valor para o mercado de trabalho.

Nessa Era de constantes evoluções tecnológicas, não exercitar a musculatura do olhar crítico é um caminho para atrofiar a inteligência. A tecnologia deve ser a lanterna, a bússola e não algo que enxerga pelas pessoas.

Vamos falar mais sobre isso?

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